Em 1º de fevereiro o Senado Federal irá eleger o próximo presidente por mais dois anos e nessa disputa para comandar a casa temos o atual presidente que busca a reeleição, Rodrigo Pacheco e o indicado pelo ex-presidente da República, o senador Rogério Marinho (PL).
Rodrigo Pacheco e a omissão pelo impeachment:
O atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), tem agradado a elite política do país enquanto que por outro lado tem desagradado grande parte da população e nesse se encontra seus próprios eleitores insatisfeitos com sua administração à frente de uma das casas mais importante do legislativo.
Da amizade com políticos com uma carreira duvidosa para a omissão do impeachment de ministros do STF, Rodrigo Pacheco tem colecionado decepções e indignações que ele já pôde perceber quando tem alguns minutos em público.
Durante as eleições de 2022, ao registrar seu voto na escola São Tomás de Aquino em Belo Horizonte, Pacheco foi vaiado com gritos de “vergonha” e “traidor”.
Sobre o ocorrido ele disse ao site Poder360, “Aqueles que vencerem têm uma grande responsabilidade e, aqueles que forem derrotados, é importante que reconheçam os vencedores e os resultados das urnas. Esse momento de acirramento haverá de passar no Brasil”, afirmou.
Mais a frente, como se já conhecesse o resultado final, afirmou:
“Neste domingo, exercemos nosso direito livre ao voto, e o resultado que espero das urnas eletrônicas é a manutenção da democracia. Que os eleitos assumam suas responsabilidades e, os derrotados, que reconheçam o resultado. Quero parabenizar os servidores da Justiça Eleitoral, mesários e os brasileiros e brasileiras que estão proporcionando, mais uma vez, uma festa cívica muito bonita e pacífica”.
Recentemente Pacheco recebeu o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino e o líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em sua residência oficial. O motivo? Dino e Randolfe encontra receptividade no atual presidente do Senado que busca a reeleição.
Neste encontro, com ideias nada democrática, foi colocado um pacote de propostas que incluirá punições mais rigorosas a vândalos, disseminadores de notícias falsas e mobilizadores de manifestações violentas e antidemocráticas.
Além da proximidade com os cleptocratas, termo usado pelo ministro Gilmar Mendes sobre os escândalos do “Petrolão”, o atual comandante do Senado tem um alinhamento crescente com o ministro da Fazenda, Fernado Haddad.
A proximidade entre eles é cada dia mais clara e inegável, tudo para o “bem” do país.
Também recentemente o senador recebeu os ministros Dino e Haddad em jantares e encontros em sua residência oficial para tratar das prioridades da Fazenda e da Justiça e Segurança Pública. Provavelmente, o assunto do jantar não era nada republicano.
Pacheco tem rejeitado reiteradamente qualquer possibilidade de pautar o impeachment de qualquer um dos ministros do Supremo Tribunal Federal e entre eles está os inúmeros pedidos contra Alexandre de Moraes. Em agosto de 2021, o presidente do Senado rejeitou um dos processos contra um ministro da suprema corte e justificou dentro da lógica da própria cabeça, “Há um rol taxativo de hipóteses que admitem impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. Vigora no Brasil o princípio da legalidade. O fato tem que ter uma previsão legal para que se configure justa causa. Para que se ande um processo dessa natureza, é preciso haver a adequação do fato à lei federal, no caso a 1.079“, argumentou Pacheco. “Nenhum dos fatos teve adequação legal, de modo que o parecer da Advocacia Geral do Senado é nesse sentido, de que carece ao pedido a chamada justa causa”.
Ignorando os abusos supremo pela corte suprema, o parlamentar justifica a rejeição do pedido feito pelo então presidente Jair Bolsonaro usando palavras como “democracia” e a separação dos Poderes, “é fundamental para a democracia e a separação de Poderes e a necessidade de que esta independência de cada um dos Poderes seja garantida e que haja convivência mais harmoniosa possível”, no entanto, Pacheco “esqueceu” que entre os três Poderes somente um que tem o poder de usar e abusar.
Disputa com Rogério Marinho:
Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional, agora está na disputa para ser presidente do Senado. Marinho vai disputar o comando da Casa com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deve tentar se reeleger. O Partido Liberal (PL) oficializou a candidatura do senador eleito que chegou ao Senado com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Rogério Marinho foi um os 14 senadores eleitos que teve apoio de Bolsonaro, ele também foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo anterior. Em seu discurso para concorrer a presidência do Senado Marinho foi taxativo em defender os ideais do país, “Não faremos uma presidência de oposição ao país, e sim a favor do Brasil”, declarou durante coletiva de imprensa. O ex-ministro ressaltou a importância de ter um Parlamento forte para proteger a “inviolabilidade dos mandatos dos congressistas” e o “direito de se expressar livremente”.
Marinho criticou a atuação de Pacheco. “O que se espera do presidente do Senado é que ele seja um árbitro, que não tome partido e não seja obstáculo para ações do Legislativo e do Executivo”, disse. “Isso não tem acontecido.”
Caso ganhe a presidência da Casa, o parlamentar eleito terá a missão de representar a maioria conservadora no Congresso, eleita com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL). Marinho também vai conseguir pautar pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.
Os votos:
Abaixo você poderá acessar o link para saber a votação de cada um dos senadores que irão votar no próximo presidente do Senado. No momento temos 35 votos a favor de Pacheco para a reeleição e 29 para Rogério Marinho. Dentre os votos ainda há 17 senadores que estão com o voto indefinido. Isto é, esses 17 podem virar para eleger Marinho e tirar Rodrigo Pacheco e sua omissão pelos próximos 2 anos comandando um dos poderes que só favore políticos oligarcas.
Além de saber o voto de cada um, também pode assinar um abaixo assinado contra a reeleição de Rodrigo Pacheco.
ACESSE: https://comovotasenador.com.br/