Jogadores argentinos negam celebrar vitória da Copa com o presidente socialista, ‘somos os campeões de todos os argentinos’

O governo do presidente de esquerda Alberto Fernández tentou de todas as maneiras possíveis se encontrar com os campeões mundiais, mas a resposta dos jogadores da seleção argentina foi, em todo momento, a mesma para o presidente socialista: não queremos politizar esta vitória, somos os campeões de todos os argentinos. O teor da conversa foi confirmada ao jornal brasileiro o GLOBO por uma fonte da Casa Rosada, que acompanhou de perto negociações promovidas por funcionários do Executivo argentino e que, finalmente, fracassaram.

A seleção do jogador Lionel Messi chegou ao país na madrugada desta terça-feira com o desejo de estar apenas com o povo, com os milhares de argentinos que saíram novamente às ruas para expressar seu orgulho e agradecimento.

“Os jogadores não querem ir à Casa Rosada nem ao Obelisco, por diferentes motivos. Ao Obelisco por segurança, de todos. Ao palácio de governo porque não querem politizar esta conquista”, comentou uma fonte do governo argentino.

Muitos lembraram nesta terça do velório de Diego Maradona, que foi na Casa Rosada e terminou de uma maneira caótica. As imagens ainda estão muito vivas entre os argentinos e esta seleção, como nenhuma outra após a redemocratização da Argentina, em 1983, se descolou da política nacional.

Messi decidiu:

O líder indiscutido da seleção é Messi e, segundo jornalistas locais, foi ele quem tomou e toma as decisões mais importante sobre o que fazer e não fazer nas celebrações. Foi Messi, apoiado por seus colegas, quem determinou que a comemoração seria com o povo e mais ninguém. Esse gesto foi reconhecido e valorizado pela torcida que, admite o vendedor ambulante Jesus Gonzalo, teria ficada decepcionada “se a seleção tivesse se deixado usar pela política”.