Em 2022, investimento direto no país foi o maior em 10 anos
O IDP (Investimento Direto no País) somou US$ 90,57 bilhões em 2022, o maior valor em 10 anos. Os investimentos no Brasil cresceram 95% em comparação com 2021, quando o saldo de aplicações foi de US$ 46,44 bilhões.
O IDP é diferente da entrada de recursos estrangeiros na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo). Em 2022, os investidores colocaram R$ 100,8 bilhões no mercado de ações brasileiras.
Os dados do Banco Central demonstram o saldo da entrada e saída de recursos voltados para ganhos de longo prazo, como na área de negócios, empresas, aberturas de filiais multinacionais e obras de infraestrutura.
Segundo o Banco Central, houve crescimento de US$ 16 bilhões em 2022 nos lucros reinvestidos e de US$ 6,6 bilhões em participação no capital, exceto lucros reinvestidos.
Além disso, as operações intercompanhia aumentaram US$ 21,5 bilhões.
O investimento direto no país mais do que compensou o deficit nas transações correntes de 2022.
As contas externas do Brasil tiveram deficit de US$ 55,67 bilhões em 2022. O saldo negativo cresceu 20,1% em comparação com 2021. Também é o maior patamar anual desde 2019.
Os dados fazem parte do relatório de estatísticas do setor externo. O documento calcula mensalmente as transações correntes do Brasil, considerando o comércio da balança comercial (exportações e importações), os serviços adquiridos por brasileiros no exterior e pela renda, como remessa de juros, lucros e dividendos do Brasil para outros países.
O saldo negativo das transações correntes foi puxado principalmente pela conta de serviços, que teve um deficit de US$ 39,99 bilhões, ou US$ 13,04 bilhões a mais que em 2021.
A renda primária também teve um acréscimo no saldo negativo de US$ 4,90 bilhões em comparação com o ano anterior.
Já a balança comercial teve superavit de US$ 44,39 bilhões no ano passado. Esse valor é US$ 8,03 bilhões superior ao registrado em 2021, ou 22,1% maior.
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